segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Pescadores capixabas sofrem com a lama da barragem de Mariana


Por: Caroliny Soares

No início desse ano um dos maiores acidentes ambientais do Brasil completou um ano: o rompimento da barragem de rejeitos da empresa Samarco. O dano foi enorme, não se sabe o tamanho do dano ambiental e nem tampouco quando tudo será recuperado totalmente. O caso do acidente foi tão grave que chegou a ONU, que se pronunciou dizendo que as providências tomadas pelo governo e empresas envolvidas foram insuficiente ao tamanho do estrago. O acesso a água limpa para consumo humano, a poluição dos rios e o o destino incerto das pessoas que tiveram que deixar suas casas. A lama da barragem de Mariana causou um impacto muito grande a famílias ribeirinhas e também para comunidades indígenas da região. Muitos órgãos se mobilizaram para iniciar coletas e fazer análises  - como por exemplo o ICMBio e o Ibama -, mas tiveram que "dar uma pausa" nas pesquisas por conta da falta de verba, retornando somente agora.
    No Espírito Santo, a lama chegou as cidades de Baixo Guandu, Colatina e Linhares. O dano foi enorme, além dos milhares de peixes e espécies marinhas mortas,  3 mil pessoas ficaram sem sua principal fonte de renda: a pesca.
"Venho duas vez por dia namorar meu barco. Molho o casco de ponta a ponta para a madeira não ressecar. Aproveito para conversar um pouco com ele, para olhar o rio e o mar e rezar para essa maldição passar”, desabafa o ribeirinho José Sabino, de 52 anos, um dos 3 mil   pescadores afetados pela lama da Samarco no Espírito Santo.
2 mil pescadores do Espírito Santo recebem uma indenização da empresa Samarco, porém dizem que esse dinheiro não é o suficiente para suprir as despesas diárias. Essa tragédia também afetou muitas peixarias, pois a população não quer mais comprar os peixes com medo de estar contaminado, mesmo sendo de água salgada.
    A tragédia causou um rastro de mortes e destruição em Minas Gerais e no Espírito Santo, onde o dano continuou. “A lesão ainda persiste. O dano ambiental também continua. A tendência é que, com o passar do tempo, o número de pessoas lesadas aumente, em razão da dinâmica do dano ambiental”, afirma o procurador do Trabalho, Bruno Borges da Fonseca.



SANTANA, Wellerson. SantanaPesca - Náutica e Meio Ambiente(11/2016). Disponível em <
http://googleweblight.com/?lite_url=http://www.pescamadora.com.br/2016/11/tragedia-no-rio-doce-maior-desastre-ambiental-do-pais-completa-um-ano/&lc=pt-BR&s=1&m=672&host=www.google.com.br&ts=1480267633&sig=AF9NedlSbXPXU81qK-UJ_Mw2KMHiFORgJA >


CAMPOREZ, Patrik. De 3 mil pescadores afetados por lama no ES, 2 mil recebem auxílio. A Gazeta. (06/2016). Disponível em <http://g1.globo.com/espirito-santo/desastre-ambiental-no-rio-doce/noticia/2016/06/sem-trabalho-2-mil-pescadores-vivem-do-auxilio-da-samarco-no-es.html>

Autora: Caroliny Soares

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